top of page

O IMPERADOR ESTÁ NÚ.

 

O famoso conto de Hans Christian Andersen: A Roupa Nova do Imperador, é perfeito para ilustrar a reação das pessoas diante dessa arte incompreensível que vemos por aí.

Vejo pessoas se sentindo constrangidas e achando que são intelectualmente incapazes por não entenderem uma arte que não se importa em ser entendida.

 

Usar uma linguagem difícil não torna um autor mais profundo, em muitos casos é bem provável ser uma cortina de fumaça para esconder falta de conteúdo. Quebrar a linguagem a cada nova obra não funciona no cinema ou na música, por exemplo. Toda a riqueza do universo musical chega aos nossos ouvidos através de apenas sete notas, mas nas artes plásticas é bastante evidente a intenção de distorcer o canal de comunicação visual para ser considerado “moderno”, um truque usado desde 1900.

 

Assim, o significado de uma obra se torna secundário, beleza é secundário, como se a Arte fosse obrigada a concordar com um mundo sem sentido e sem beleza.

Sem um esforço para aprender a se expressar bem, os artistas vão se distanciando da criatividade e aceitando uma opinião que defende que qualquer grunhido é música, qualquer texto é literatura e qualquer gesto é expressão artística.

 

O argumento da arte abstrata se apoia numa suposta conexão com o inconsciente humano, uma ideia com pretensões psicanalíticas que dá origem a obras que precisam de explicação externa e satisfaz a quem só ama o jogo da própria interpretação das coisas, qualquer borrão serve a esse propósito.

Anchor 1

Your details were sent successfully!

bottom of page